Acredite ou não, uma boa história é capaz de aumentar as suas chances de fazer 6 em 7.
Isso acontece porque quando você usa o gatilho mental da história você cria uma conexão entre você e quem está te escutando.
E quando alguém está conectado com você, essa pessoa tende a prestar mais atenção ao que você diz.
Isso permite que você ative as emoções dela e, consequentemente, você vai tender a inspirar uma ação nela.
Porque o fato é que a maioria das decisões são derivadas da emoção e não da razão.
A grande sacada é existem histórias mais eficientes do que outras para gerar vendas e você precisa saber a diferença entre elas se quiser aumentar as suas chances de fazer o 6 em 7.
Então, se você quer saber como contar histórias que vendem, eu recomendo que você acompanhe este artigo até o final.
Se preferir você também pode assistir o podcast que eu gravei sobre o gatilho da história, aqui embaixo.
Ou acompanhar só o áudio em qualquer uma dessas plataformas: Spotify, iTunes, Castbox, Google Podcasts, Soundcloud, Deezer, Player FM, Stitcher.
O fato é que eu vou te falar o que é o gatilho mental da história e como eu uso esse gatilho de forma natural.
Eu também vou dar a letra sobre os elementos que uma história precisa ter e por que você deve usar esse gatilho no seu lançamento, além de sacadas para você saber como melhorar as suas histórias.
Vamos começar?
O que é o gatilho mental da história
Na minha opinião técnica, o gatilho da história é uma ferramenta de persuasão muito eficiente.
Olha só.
Se você acompanha o meu trabalho há algum tempo, talvez já tenha percebido uma parada que eu faço muito.
Quase que automaticamente.
O fato é que eu sempre conto histórias. Seja nas minhas redes sociais, ou quando eu converso com a galera que trabalha comigo, quiçá na minha vida pessoal.
Tem gente acha que essa é uma característica natural minha, mas a real é que isso é orquestrado.
Olha só.
Uma vez eu estava no Fire, um evento da Hotmart sobre negócios, e quando eu estou nesse evento é difícil eu conseguir transitar porque tem muita gente querendo tirar foto comigo e esse tipo de coisa.
Por isso, eu costumo ficar no bastidor, mas chegou uma hora que eu quis dar uma volta.
Como eu não queria chamar atenção, um amigo meu deu a ideia da gente ir para a área de mídia, já que lá ficam só os palestrantes.
Eu queria ver gente e espairecer, mas em um ambiente comedido.
Então a gente foi para a área de mídia e eu dei de cara com a Priscila Zillo.
Se você não conhece a Priscila, ela é minha aluna e faz múltiplos 6 em 7*, isto é, 100 mil reais de faturamento em 7 dias consecutivos, com uma lista de 7 mil pessoas.
*Se quiser se aprofundar sobre o significado deste e outros termos do marketing digital, eu recomendo que você assista os dois podcasts que eu gravei especialmente para isso:
E Dicionário do 6 em 7 parte 2
O lance é que quando eu olhei para a Priscila veio na minha cabeça uma coisa interessante. Eu tinha colocado um slide sobre ela na palestra que eu iria fazer.
Só que naquela hora eu me dei conta que tinha esquecido de pedir a permissão dela.
E geralmente você não menciona uma pessoa numa palestra sem pedir a permissão antes.
E aí eu fiquei num dilema.
Faltavam alguns minutos, quiçá meia hora, para eu subir no palco.
Claro que se eu pedisse a permissão da Priscila ela provavelmente ia me dar.
Mas de acordo com a cara que ela fizesse eu ia saber se ela estava fazendo isso como um favor, porque a gente é amigo, ou se ela realmente queria que aquilo acontecesse.
E eu não ia ter tempo para mudar a minha palestra.
Por isso eu queria convencer ela a me dar a permissão, sem saber o que eu iria falar no palco.
Então, para conseguir esse resultado eu contei uma história para ela, que é o seguinte.
Na física quântica é impossível saber a velocidade e a localização de um corpo ao mesmo tempo.
Quando os elementos são grandes, tipo um carro, é possível saber a velocidade e a localização dele ao mesmo tempo. Até porque se não fosse possível ninguém levaria multa.
Mas na física quântica, onde as partículas são muito pequenas, não tem como saber essas duas variáveis ao mesmo tempo.
Porque para conseguir determinar onde uma pequena partícula está, você vai precisar jogar uma luz nela.
Só que essa partícula é tão pequena, tão pequena, que quando você joga a luz, essa luz altera a velocidade dela.
E vice-versa.
Dá para saber a velocidade da partícula, mas se você medir a velocidade, isso modifica a localização.
Então, não tem como saber as duas coisas ao mesmo tempo.
A minha ideia era mostrar para a Priscila que se eu contasse para ela o que eu iria falar na minha apresentação, a própria reação dela poderia me fazer desistir de falar o que eu queria.
Então, ela precisava confiar em mim e me dar a autorização sem saber o que eu iria dizer.
Ela olhou para mim, começou a rir e me deu o consentimento para falar dela na minha palestra.
Naquele dia eu percebi que eu conto uma história sempre que eu quero convencer alguém.
Agora, vem a grande sacada.
Eu me treinei a fazer isso, inclusive eu acabei de fazer isso com você.
Eu estou contando uma história, sobre uma história, para te convencer que história vale a pena.
E por que eu uso o gatilho mental da história?
O fato é que usar uma história vai tender a aumentar a sua possibilidade de convencimento.
Tem gente que acha difícil fazer isso, tem gente que acha fácil. Mas agora eu vou te falar sobre a minha experiência.
Como eu uso esse gatilho de forma natural
Como eu te falei antes, eu uso o gatilho da história como uma ferramenta de persuasão quase que automaticamente.
Só que nem sempre foi assim.
A real é que eu não sou um contador de histórias nato. Essa habilidade foi construída.
Inclusive, agora eu vou te contar como eu conheci o maior contador de histórias que eu vi na vida.
Eu lembro que eu tinha pago 5 mil dólares por um curso e além dessa parada custar 5 mil dólares, eu ainda tinha que ir lá para os Estados Unidos.
E apesar de ter comprado o curso, eu ainda não acreditava muito naquela parada. Eu ainda tinha minhas dúvidas que aquilo ia funcionar para mim.
Mas eu fui lá para os Estados Unidos para participar desse evento ao vivo.
E lá, o Jeff Walker contou uma história na abertura do evento.
Talvez você já saiba, talvez não. Mas o Jeff Walker é o criador da Fórmula de Lançamento. Inclusive eu já entrevistei ele e você pode conferir esse bate-papo aqui embaixo.
Eu lembro que eu achei aquilo fascinante.
Porque eu esperava que ele fosse entrar no palco e falar sobre potenciais clientes, página de captura, cálculo de porcentagem. Eu estava esperando que ele fosse dar um conteúdo mais técnico.
E ele vai e conta uma história.
O mais louco é que isso aconteceu em 2009 ou 2010 e eu já esqueci de quase tudo o que rolou lá, mas eu não esqueço da história que ele contou.
É o seguinte.
Ele é um cara que gosta muito de atividades ao ar livre, na natureza.
E na história que ele contou, ele estava fazendo rafting em uma grande corredeira. Se você não conhece, o rafting é aquele esporte de aventura que utiliza botes infláveis para descer rios.
O lance é que chegou um ponto em que ele iria precisar descer a queda mais perigosa do percurso.
Em vez de simplesmente descer de uma vez ele parou o barco.
Ele desceu com toda a equipe para analisar aquela correnteza, identificar para que lado a correnteza estava puxando, como era o terreno das margens e o que poderia acontecer de acordo com as ações que eles tomassem.
Enfim, para ele era importante planejar aquela parada, porque ele respeitava o desafio.
Mas uma vez que ele planejou, ele entrou no barco e seguiu a corredeira.
O que ele quis dizer é o seguinte:
A moral da história é que é importante planejar, por isso naquele evento ele iria me ensinar a planejar.
Mas ele não queria que eu saísse de lá um planejador.
Porque uma vez que você descobre as rotas e planeja, você vai ter que colocar o seu plano no campo de batalha.
E aí eu pensei “nossa, que massa” e aquela ideia ficou na minha cabeça.
Mais tarde eu participei do grupo de mentoria do Jeff e eu percebi que ele fazia isso sempre. Ele sempre contava uma história.
E hoje eu tenho o meu próprio grupo de mentoria chamado Plat, eu até já gravei um podcast inteiro contando a história do que acontece quando eu reúno esse grupo de lançadores faixas-preta*.
*Eu chamo de faixas-preta empreendedores que faturam pelo menos R$ 2 milhões por ano com lançamentos digitais.
O vídeo está aqui embaixo, caso você queira conferir.
O lance é que eu conseguia ver que aquelas histórias envolviam as pessoas.
Só que o Jeff costumava contar as histórias da vida dele e quando eu comecei a ensinar a Fórmula eu pensava assim…
“Eu não sou um aventureiro, então de onde eu vou tirar as minhas histórias?”
Porque eu não achava a minha vida interessante e a maioria das pessoas que eu conheço têm essa mesma crença.
E quando a gente faz isso, a gente deixa de perceber que todo mundo tem uma vida de histórias.
Olha só. Antes eu peguei uma história que aconteceu comigo no Fire e contei para ilustrar uma ideia para você.
E isso não tem nada a ver com aventura. Foi só uma coisa que aconteceu comigo.
O fato é que as histórias já estavam 100% na minha vida e como eu percebi a importância desse gatilho, eu comecei a ficar ligado para a história acontecer.
Por exemplo, eu vi um documentário que mostrava que na física quântica é impossível medir a localização e a velocidade de um corpo ao mesmo tempo.
Aí eu engavetei essa história até chegar a hora certa de eu usar e quando eu estava falando com a Priscila eu recorri àquilo, porque o meu cérebro aprendeu que história é muito importante.
Então, toda vez que eu vejo um ativo eu guardo. E aí eu vou usando ao longo do tempo.
Agora, tem uma coisa que também me ajudou muito a ter essa clareza mental. Isso não quer dizer que essa parada vai funcionar do mesmo jeito para você.
Eu estou falando de meditação.
Porque meditar é o processo de você ficar presente para aquilo que está a seu redor.
Inclusive eu já gravei um podcast onde eu explico por que a meditação é um facilitador para chegar ao 6 em 7.
Então, a meditação aumentou a minha presença para mim mesmo.
Então, eu tenho muito mais sensibilidade para o que está acontecendo comigo e esse exercício me deixa mais astuto para sacar potenciais histórias.
Agora, eu vou te mostrar…
Quais são os elementos que uma história precisa ter
Nos Estados Unidos existe um jornal impresso muito famoso chamado Wall Street Journal.
O mais louco é que eles usaram uma mesma mensagem para vender assinaturas por 25 anos.
Ela vendeu tanto que virou a versão controle, isto é, uma carta de vendas que você usa como comparativo quando uma nova versão é criada.
Assim você sabe qual vende mais e caso a nova versão se saia melhor, ela substitui a antiga versão controle.
E por 25 anos a versão controle do Wall Street Journal foram essas linhas que eu vou colocar aqui embaixo.
“Caro leitor, numa linda tarde de primavera, 25 anos atrás, dois jovens se formaram na mesma faculdade.
Eles eram muito parecidos.
Ambos tinham sido alunos acima da média, ambos eram bem apessoados e ambos, como recém formados, estavam cheios de sonhos e ambições para o futuro.
Recentemente esses dois homens voltaram à faculdade para uma reunião de 25 anos de formados.
Eles ainda continuavam muito parecidos, ambos estavam casados e felizes.
Ambos tiveram três filhos.
E ambos acabaram indo trabalhar na mesma empresa de manufactura depois da formatura e ainda estavam lá.
Mas existia uma diferença.
Um era o gerente de um pequeno departamento da empresa, o outro era o presidente.”
Então, o que faz a diferença entre um cara que tem as mesmas condições e acaba sendo presidente e o outro um diretor de um pequeno departamento?
A carta de vendas defendia que não necessariamente é inteligência, não necessariamente é força de vontade. Porque os dois queriam o mesmo.
O que fazia a diferença é a informação que você pode usar.
E carta de vendas terminava dizendo “se você quiser informação, você tem o Wall Street Journal”.
O mais louco é que essa carta, essa pequena história, vendeu de uma forma ou de outra 2 bilhões de dólares para o Wall Street Journal.
Mas por que ela é tão envolvente?
As chances são que ela reúne os elementos que uma boa história precisa ter para ficar gravada na mente.
Talvez você conheça, talvez não, mas o fato é que existe um livro que mostra quais são os elementos que uma história precisa ter para funcionar.
Inclusive eu já li esse livro várias vezes.
O nome dele é Ideias que colam, uma obra escrita pelos irmãos norte americanos Chip Heath e Dan Heath.
Caso você goste de ler, eu até vou deixar aqui embaixo um vídeo onde eu falo um pouco sobre este e outros 3 livros de empreendedorismo e marketing digital que eu recomendo.
O mais louco é que os autores começam o Ideias que colam contando uma história.
É o seguinte.
Um cara está sozinho em um bar e de repente chega uma mulher bonita que oferece uma bebida para ele.
O cara aceita, só que tinha sonífero na bebida. Então ele acorda dentro de uma banheira de gelo, com um telefone ao lado.
Perto do telefone tem uma mensagem que diz “ligue nesse número para pedir socorro”.
Aí o cara olha em volta e vê um monte de sangue na parede e então liga naquele número.
A pessoa do outro lado fala que ele provavelmente foi vítima de tráfico de órgãos, que uma gangue roubou o rim dele.
O lance é que muita gente fica preocupada com essa história. Só que ela é uma pegadinha, não aconteceu de verdade.
E ao longo do livro os autores vão explicando por que a gente ouve essa história uma vez e não esquece mais.
De acordo com a teoria deles, existem 6 pontos que uma ideia precisa ter para funcionar, ou seja, para colar na mente das pessoas.
1. Simplicidade
Para funcionar, a sua ideia precisa ser simples. Você precisa usar uma linguagem clara e excluir fatos que não te ajudem a dizer o que você quer.
2. Surpresa
O nosso cérebro é treinado para prestar atenção em coisas que fogem ao padrão. Então, quando você coloca um elemento inesperado, a sua ideia acaba se tornando mais interessante para quem está escutando.
3. Concretude
Quanto mais concretos forem os elementos que você usar para ilustrar a sua ideia, maiores são as chances dela colar na mente das pessoas. Porque o nosso cérebro tende a armazenar informações mais precisas.
4. Credibilidade
Para que a sua ideia fique gravada na mente das pessoas ela precisa transmitir credibilidade. Isto é ser crível.
Inclusive, se você quiser aumentar a sua credibilidade em 34,8% eu recomendo que você use o gatilho da especificidade.
Eu vou deixar o podcast que eu gravei sobre o assunto aqui embaixo, caso você queira conferir.
5 . Sentimentos
O sentimento é um elemento importantíssimo na hora de transmitir uma ideia, porque na maioria das vezes as pessoas tendem a agir por causa de uma emoção. Mesmo que elas acreditem que estão fazendo isso movidas pela razão.
6. Relatos
Essa é a parte que mais interessa a este artigo, porque o relato é a forma que você vai usar para transmitir a sua ideia.
E a forma que mais tende a funcionar para deixar a sua ideia colada na mente das pessoas é a história.
O lance é que quando conta uma história, você aproxima a pessoa que está te escutando de você. Você gera uma conexão.
Isso faz com que as pessoas lembrem da mensagem que você quis transmitir.
E na minha opinião técnica, esses elementos aumentam as sua chances de contar histórias que as pessoas querem ouvir.
Mas, afinal…
Por que contar histórias no seu lançamento?
O primeiro motivo é que quando você conta uma história para alguém, isso gera uma conexão entre vocês.
E não sou eu que estou dizendo isso.
Pesquisadores da Universidade de Princeton descobriram que o cérebro de quem escuta entra em sincronia com o cérebro de quem conta uma história.
É o seguinte.
Por meio da ressonância magnética, eles viram que antes da história começar o cérebro de cada participante apresentava um padrão próprio.
Só que a medida que a história era contada, o cérebro de quem ouvia começava a imitar o padrão apresentado pelo cérebro do contador da história.
Até que chegou um momento em que o cérebro de quem ouvia a história passou a ativar as exatas áreas do cérebro de quem contava a história, com apenas 3 segundos de diferença.
Isso significa que, basicamente, o cérebro delas estava sincronizado.
E o lance é que quando rola essa sincronização cerebral, isso gera uma liberação de ocitocina, que é o hormônio ligado ao amor e a confiança.
Então, quando eu digo que contar histórias gera conexão, na verdade eu estou falando de uma conexão muito mais profunda.
É uma reação hormonal que faz a pessoa tender a confiar em você.
Quando você começa a falar para uma pessoa, seja num vídeo gravado, seja ao vivo ou seja numa conversa um a um, existe uma desconexão.
Porque o cérebro de vocês não está sincronizado.
O fato é que a história é o mecanismo neurolinguístico que vai gerar essa conexão, já que você usa a linguagem para fazer essa sincronização entre os cérebros.
E fica muito mais fácil você querer fazer alguma coisa quando você está conectado com a outra pessoa.
Então, a conexão é o primeiro motivo para você contar histórias no seu lançamento.
Só que é o seguinte.
Não adianta você contar qualquer história. Para aumentar as suas chances de vender a sua história tem que ter a intenção de persuadir.
Esse é o segundo motivo para você usar esse gatilho no seu lançamento.
E para a sua história ser persuasiva ela precisa de um tema e o fio condutor desse tema deve ser um outro gatilho mental.
O gatilho mental da procedência.
Eu até já dediquei um episódio inteiro do Podcast 6 em 7, para falar sobre a importância desse gatilho. Dá só uma olhada.
O lance é que a sua história deve mostrar uma oportunidade e a palavra mágica que sustenta essa oportunidade é a procedência dela.
Talvez você não tenha percebido, mas quando você está lançando, você está vendendo uma oportunidade.
E o produto é o veículo que permite ao cliente acessar essa oportunidade. Seja emagrecer, ganhar dinheiro ou ficar mais bonito.
Seja um produto físico ou não, quando você compra um produto, você está comprando uma oportunidade.
Logo, na minha opinião técnica, tentar vender o seu produto é um erro.
Por isso, na Fórmula de Lançamento eu te ensino como vender a oportunidade.
Você vai apresentar essa oportunidade e eventualmente o produto vai ser o meio para chegar até essa oportunidade.
E aí, quando você falar sobre essa oportunidade, você tem que explicar a procedência dela e você deve usar a história para dar essa explicação.
Vamos supor que eu seja um colecionador de vinhos e tenha uma garrafa do século XVIII, extremamente rara e por isso ela custa 50 mil dólares.
Quando aparecer um comprador, a primeira coisa que ele vai tender a querer checar é a plausibilidade. Ou seja, como essa garrafa veio parar na minha mão.
E eu vou precisar contar a história da procedência da garrafa.
Porque o potencial comprador vai estar preocupado daquilo ser uma falsa oportunidade. E essa é uma preocupação que todo mundo tem quando vê uma grande promessa.
Por isso a procedência é muito importante, mas a sua história precisa ter outro elemento também.
Olha só.
Quando uma oportunidade é realmente muito boa, ela não vai estar tão disponível assim.
Até porque se ela estivesse sempre disponível e pudesse ser aproveitada por muitas pessoas, ela ia deixar de ser uma oportunidade.
Então, um dos elementos de uma oportunidade é ser relativamente escassa.
Se você quiser saber como usar o gatilho da escassez tim tim por tim tim, confira o podcast que eu vou deixar aqui embaixo.
Agora eu vou te dar um exemplo de como a escassez funciona.
Vamos supor que existe um apartamento sendo vendido 40% abaixo do valor de mercado. Se todo mundo ficar sabendo disso, essa parada deixa de ser uma oportunidade.
Porque todo mundo vai querer comprar e eventualmente o preço dele vai subir e não vai mais ser vendido 40% abaixo do valor de mercado
Então, se você oferece uma oportunidade, você também precisa explicar na sua história por que ela é escassa.
Inclusive, teve um experimento antropológico e literário feito por Rob Walker e Joshua Glenn que leiloou objetos de brechó no eBay por um valor muito maior do que eles custaram.
O lance é que mais de 200 pessoas ajudaram a escrever notas pessoais para cada peça e isso elevou muito o valor delas.
Para você ter uma ideia, cada objeto custou em média 1 dólar e 25 centavos, mas no total eles foram vendidos por 8 mil dólares.
Porque quando você conta a procedência daquele exato objeto, ele se torna escasso, quiçá único.
Um dos exemplos mais interessantes desse projeto é um globo de papel que foi comprado por 1 dólar e 49 centavos e foi vendido por 197 dólares e 50 centavos.
A pessoa que criou a história dessa peça falou sobre a importância do objeto para ela. Como se fosse um presente do ex-namorado que ela estava doando para um amigo.
Olha só.
“Eu estou te dando um dos presentes mais valiosos que ele me deu. Representava o nosso passado, presente e futuro. Representava as viagens e os sonhos. Eu joguei fora todos os outros os globos de neve. Mas este eu não posso, por isso estou te presenteando com ele. Talvez eu te peça ele de volta um dia, mas por enquanto é um lembrete muito triste pra mim.”
Ou seja, uma história foi capaz de aumentar o valor deste globo em 132 vezes.
Isso demonstra que até um objeto aparentemente insignificante pode se tornar potencialmente valioso se você usar a história da maneira certa.
E é exatamente porque eu conheço a importância desse gatilho que eu vou te mostrar…
Como melhorar as suas histórias
Até agora eu te mostrei como contar histórias, tal que você aumente as suas chances de chegar ao 6 em 7.
Mas a real é que existem dois elementos que não podem faltar se você quiser tornar a sua história realmente interessante para quem escuta.
E sabe quem descobriu essa parada?
Um cara que lá na antiguidade definiu o melhor jeito de contar histórias, tanto que até hoje Hollywood usa essa receita que ele criou.
Eu estou falando de Aristóteles, um filósofo grego boladão que viveu entre os anos 384 e 322 antes de Cristo.
O fato é que lá pelo ano 335 antes de Cristo, ele escreveu um livro chamado Poética que é considerado o primeiro e mais importante tratado sobre a construção da narrativa no mundo ocidental.
Eu descobri esse livro por meio de um roteirista, produtor de televisão e dramaturgo norte-americano chamado Aaron Sorkin.
Inclusive ele recebeu o Oscar de melhor roteiro adaptado pelo filme A rede social.
Isso quer dizer que ele é o cara que escreve a história, os roteiros, de filmes e séries.
E eu participei de uma aula que ele deu sobre como escrever boas histórias, lá nos Estados Unidos.
E ele recomenda o Poética, que inclusive é um livro difícil para caramba de ler.
O lance é que nesse livro existem dois elementos essenciais que não podem faltar em uma história.
E se você não seguir essa regra, corre o risco de ninguém querer escutar a sua história, nem assistir o seu filme.
Esses dois elementos são intenção e obstáculo.
Eu vou te dar um exemplo.
Vamos supor que na sua história a intenção é um cara salvar um avião que foi sequestrado, parece bom.
Agora se esse cara for o super homem a história já não fica tão boa, porque ele tem super poderes, ele vai lá e salva o avião, sem enfrentar um obstáculo.
E a maioria das histórias que ficam na sua cabeça têm intenção e obstáculo.
Então, quando for contar histórias no seu lançamento, você precisa seguir essa regra.
No meu caso, por exemplo, se a minha intenção é “fazer o 6 em 7” e eu contar que eu aprendi tudo muito rápido, no primeiro lançamento deu tudo certo e eu fiz o 6 em 7, no segundo também e no terceiro foi melhor ainda.
Essa história fica chata porque não parece real. Uma vida sem obstáculos não soa real.
Então você tem que ressaltar os obstáculos que você superou na sua trajetória.
Pensa em como eu conto a minha história.
A minha intenção era lançar um produto, eu queria ser um empreendedor.
E qual era o meu obstáculo?
Eu não sabia marketing.
Eu tentei lançar o meu primeiro produto e não vendi nada. Daí eventualmente eu aprendi marketing, aprendi a fazer o 6 em 7 e descobri que eu queria ensinar isso para as pessoas e tive que começar um novo negócio.
Inclusive, se você quiser saber mais sobre a minha história, dá uma olhada nesse vídeo.
Então, eu quero te deixar presente para o fato que naturalmente a gente tende a tirar todos os obstáculos da nossa história, mas são exatamente os obstáculos que mantêm a atenção das pessoas.
Por isso eu recomendo fortemente que, de forma íntegra, toda vez que você apresentar uma intenção, você também apresente um obstáculo.
Quanto mais você conseguir ressaltar as intenções e os obstáculos na sua história, mais ela vai prender a atenção das pessoas.
E se ela prende mais a atenção, mais chances você tem de rolar uma conexão tal que você consiga transmitir a procedência.
Para você ter uma ideia do poder desse gatilho, eu conheço a história de centenas, quiçá milhares de alunos meus que chegaram ao 6 em 7.
Só que algumas dessas histórias ficaram marcadas. É o caso do Mairo Vergara, que hoje é referência no ensino de inglês na internet.
Se eu não me engano, no final da adolescência ele começou a gostar de japonês.
E essa foi a primeira vez que ele se interessou por alguma coisa na vida e como ele gostava da parada, resolveu se aprofundar no japonês.
Só que na época o mais perto que ele conseguia chegar para se aprofundar do japonês era estudar letras.
Mas para fazer a faculdade de letras, primeiro ele precisava terminar o ensino médio, então ele decidiu fazer supletivo.
Nada de certo ou errado com isso, mas quem faz supletivo não é o estereótipo de uma pessoa que vai ter sucesso.
E o cara consegue fazer um dos maiores lançamentos do Brasil.
Aí você tem intenção e o obstáculo.
Daí, eventualmente ele faz letras e ele consegue uma bolsa para estudar no Japão.
E lá no Japão ele descobre um monte de pessoas que falavam um monte de idiomas. E ele saca que elas aprenderam idiomas de um jeito diferente ao que ele foi ensinado.
Aí a intenção dele muda.
Ele volta para o Brasil e passa a querer ensinar o método que ele descobriu, não para ensinar japonês, mas para ensinar inglês.
E aparece outro obstáculo.
Porque as escolas não queriam que ele ensinasse do jeito que dele. Elas queriam que ele ensinasse do jeito tradicional.
Eventualmente ele desiste de dar aula pelo método que não funciona e resolve ser tradutor até que um dia ele conhece a Fórmula.
Ali ele vê a oportunidade de transmitir o método dele, do jeito que ele bem entendesse, para as pessoas.
Ele se tornou meu aluno e aplicou o passo a passo que eu ensino.
Os lançamentos dele começaram a escalar até que ele bateu o recorde de lançamentos digitais do Brasil.
Eu vou deixar o depoimento dele aqui embaixo, caso você queira conferir.
O fato é que a grande intenção na história dele era ensinar o método que ele criou para as pessoas e o grande obstáculo era que as escolas não deixavam ele fazer isso.
Isso quer dizer que todo mundo vai gostar do jeito que ele ensina?
Absolutamente não.
O lance é que tem gente que gosta e com a Fórmula ele aprendeu como criar o próprio negócio para ensinar inglês do jeito que ele queria.
Por isso a história do Mairo me marcou tanto.
Agora, existe um erro clássico que as pessoas tendem a cometer na hora de seguir uma narrativa.
Esse erro é ao invés de contar a sua história, você contar o seu currículo, porque o currículo não é a história.
Quando você fala eu fiz o curso tal, eu tenho diploma disso, eu ganhei o troféu daquilo, isso não é uma história, são informações avulsas.
Como Aristóteles já ensinava desde antes de Cristo, para contar uma história você precisa colocar intenção e obstáculo na sua narrativa.
Conclusão
As chances são que você está preparado para contar histórias que vendem e deixar o seu negócio mais perto do 6 em 7.
Isso porque neste artigo você viu o que é o gatilho mental da história e como eu uso esse gatilho de forma natural.
Eu também te mostrei quais são os elementos que uma história precisa ter, como a surpresa e a credibilidade.
Você ainda ficou sabendo por que é importante contar histórias no seu lançamento. Um dos motivos é gerar conexão com a sua audiência.
Além disso, eu te mostrei tim tim por tim tim como você pode melhorar as suas histórias para ter mais resultado.
Mas, se além de saber contar histórias, você também quer se aprofundar nos diversos assuntos relacionados ao mundo dos lançamentos e receber conteúdos exclusivos meus, eu te convido a participar do meu canal do Telegram chamado Galera Raiz.
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Ah. Me conta a história de como o seu negócio começou nos comentários, aqui embaixo.