Já faz um tempo que eu parei de escutar o que as pessoas falam e passei a ouvir o que elas fazem.
E é justamente por escutar o que as pessoas fazem que eu convidei a Gisele Hedler para um bate-papo.
Porque em 365 dias ela literalmente trocou a vida de endividada pela de lançamentos milionários.
Ela trocou a faixa-branca pela faixa-preta em apenas um ano.
Ou seja, em 2018, ela saiu do absoluto zero para um faturamento de 2 milhões e 400 mil reais, preto no branco.
Sendo que já no primeiro lançamento ela fez 372 mil reais.
E na minha opinião técnica, esse não é um resultado típico.
Pelo contrário, a maioria das pessoas que eu conheço leva em média sete lançamentos só para chegar ao 6 em 7 – 100 mil reais de faturamento em 7 dias consecutivos.
Mas os resultados da Gisele não param por aí.
Em 2019, ela faturou 4 milhões e 500 mil reais em lançamentos…
E só no lançamento de janeiro de 2020, ela já fez 1 milhão e 600 mil reais.
Só que nem sempre foi assim.
Na verdade, ela teve todos os motivos para desistir. A Gisele não tinha dinheiro, na verdade ela estava cheia de dívidas.
Não sabia o que lançar e, apesar de ser formada em publicidade, ela achava que esse negócio de marketing digital não era para ela.
E foi para conhecer as nuances dessa história que eu entrevistei a Gisele. Porque eu acredito que essas sacadas podem te ajudar na sua trajetória.
Então, se o seu objetivo é fazer um 6 em 7, 7 em 7, quiçá mais, eu recomendo fortemente que você leia com atenção cada linha dessa verdadeira aula de superação.
Se preferir, você pode assistir o podcast que eu gravei dessa entrevista.
Você também pode acompanhar só o áudio, que está disponível em qualquer uma dessas plataformas: Spotify, iTunes, Castbox, Google Podcasts, Soundcloud, Deezer, Stitcher.
Então, vamos a primeira pergunta.
Pergunta 1
Erico: Como foi a sua vida, você sempre rachou de ganhar dinheiro?
Gisele: Bela pergunta, Erico. Vai ser um prazer compartilhar aqui um pouco da minha história.
Na verdade eu tenho um histórico financeiro bem desafiador. É a primeira vez que eu ganho dinheiro.
Eu venho de uma família muito simples. Nós somos do interior do Rio Grande do Sul, de uma cidade tipicamente alemã chamada Estância Velha.
Nós sempre tivemos dificuldade financeira, só que desde pequena eu queria ter o meu negócio.
Eu lembro que eu olhava aqueles filmes americanos onde as crianças vendiam suco de limão na frente da casa e meu sonho era fazer aquilo.
No colégio tinham umas atividades onde a gente tinha que levar bolo para vender para fazer festa junina.
Não sei se existia isso na tua escola, mas na minha existia. A gente vendia umas merendas lá para conseguir fazer a festa junina.
E eu adorava fazer aquilo, adorava vender, achava aquilo o máximo.
Mas quando eu era adolescente, lá pelos 13 anos, eu decidi que eu queria ser freira. A minha ideia era ajudar as pessoas e eu achava que no ambiente que eu estava não ia ser possível.
Eu fiquei alguns meses lá na congregação e aí eu decidi que não era para mim. Porque eu eu tinha uma ideia diferente de ser freira.
Aí eu saí do convento e decidi outra coisa.
Eu decidi que queria ser atriz.
Eu abro o jornal, vou nos classificados do jornal e tem um anúncio assim:
“Precisa-se de atriz com experiência que saiba cantar”.
Eu pensei, meu Deus do céu esse é para mim. Só que eu não tinha experiência nenhuma, mas eu sabia cantar.
Eu estava com 15 anos, fui lá, fiz o teste e não passei.
Eu não passei no teste porque, afinal de contas eu não tinha experiência, não sabia como atuar.
Mas eles me fizeram um convite para fazer uma oficina gratuita. E aí eu comecei a fazer oficina com eles e comecei a aprender a ser atriz.
E olha que louco.
Uma das atrizes da peça, a Patrícia, era muito parecida comigo.
Então quando ela teve que viajar para fazer um espetáculo, eles me convidaram para ficar no lugar dela e eu aceitei.
Então eles me treinaram, eu entrei, substitui ela e logo depois eles me inseriram no grupo de atores e eu comecei a atuar com eles
E eu virei uma atriz de verdade. Trabalhei anos com teatro.
E só que paralelo a isso eu queria ter um negócio.
Porque no teatro a gente só conseguia trabalhar de março até novembro. Depois não tinha trabalho.
Aí teve um ano que eu montei um bar na praia de Imbé, no Rio Grande do Sul. Eu tinha 16 anos.
Eu e a Patrícia, que eu substitui na peça, viramos sócias nesse bar.
Na verdade não era bem um bar. Era um lugarzinho que cabia nós duas e a gente atendia as pessoas na janela.
Eu lembro que o bar não deu grana para nós, muito pelo contrário, ele deu prejuízo. Tinha poucas pessoas lá e o número de clientes do lugar era pequeno.
Então, a partir disso eu fui fazendo vários pequenos negócios.
Depois eu estudei publicidade e tive agência de publicidade em Porto Alegre. Eu fui morar lá quando eu tinha 17 anos.
Acho que quando comecei com a agência eu tinha 23 anos. Então, basicamente, a gente fazia fotos e criava logomarcas.
Só que eu trabalhava muito pouco com internet. Aliás, eu tinha um preconceito com isso. Esse trabalho online eu não fazia.
E não deu muita grana.
A minha dificuldade sempre foi na captação de clientes, não só na captação, mas eu tinha dificuldade em cobrar as pessoas.
Então, se as pessoas não pagavam, eu não sabia cobrar e quando eu cobrava, eu entrava em sofrimento.
Mas eu fui fazendo vários pequenos trabalhos enquanto agência.
E paralelo a agência eu tive uma empresa de jardinagem. O trabalho era cortar grama, fazer o jardim e eu atendia alguns condomínios.
Então fiquei um tempo nisso, porque até que deu uma graninha, sabe?!
Mas, em nenhum negócio sobrava dinheiro.
Eu não podia falar que queria comprar um tênis massa, por exemplo. Eu não tinha dinheiro para comprar um tênis, nunca dava.
Eu sobrevivia, às vezes não conseguia nem pagar as contas mesmo, era bem desafiador.
Nos meses que eu conseguia pagar as contas eu achava o máximo.
De vez em quando eu saia para um restaurante e aquilo era muito legal.
Essa era a minha realidade. Eu achava que a vida era assim. Eu realmente tinha essa visão.
Eu via pessoas que ganhavam um pouco mais de dinheiro e eu não conseguia entender como que elas conseguiam manter esse dinheiro.
Eu achava que era algo assim muito acima do meu padrão de pensamento.
Até porque das pessoas na minha volta, eu sempre fui a pessoa mais bem sucedida.
Mesmo que eu não tivesse dinheiro.
Eu tinha um carro, eu sempre morei num lugar legal.
Aí eu comecei a ficar muito doente.
Eu fui diagnosticada com síndrome do pânico.
Mas na verdade, desde pequena eu tinha muito problema.
Eu era muito constipada, constipada é a pessoa que tem dificuldade de ir no banheiro, que tem prisão de ventre.
E eu era muito enjoada também. Enjoava, vomitava, enjoava, vomitava.
E conforme a idade foi avançando, isso foi piorando. Depois dos 28 anos isso piorou.
Eu fui piorando, piorando, piorando a ponto de ter que desmarcar compromissos.
E eu sempre fui muito correta com compromisso, sabe?
Então, eram dois sofrimentos. Um que eu ficava me sentindo mal e o outro sofrimento era que eu tinha que desmarcar os meus compromissos.
E eu pensando, cara, o que que eu tenho?
Por isso, eu comecei a procurar um monte de médico e ninguém descobria o que eu tinha.
Pergunta 2
Erico: Foi aí que você conheceu o Gabriel de Carvalho?
Gisele: Foi assim.
Um dia, lendo artigos na internet eu descobri um cara falando todos os sintomas que eu tinha.
E eu pensei, nossa que louco! Parece que esse cara sabe.
Porque os médicos que eu visitei me davam diagnósticos que não faziam sentido com os meus sintomas.
Tanto que fui para um psiquiatra e me diagnosticaram com síndrome do pânico. Só que para mim não era síndrome do pânico.
E no artigo que eu li eu vi todos os meus sintomas. Constipação, mal estar, dor de cabeça, inchaço e enjoo.
Por isso eu pensei, meu Deus quem é esse cara?
E aí esse cara, era um cara chamado Gabriel de Carvalho, que hoje é meu sócio.
Aí eu comecei procurar as coisas que ele falava e comecei a seguir as coisas que ele dizia.
Ele falava sobre alergias alimentares e ninguém nunca tinha falado comigo a respeito disso.
Então, eu comecei a retirar os alimentos que poderiam estar me causando alergia e eu comecei a me sentir muito melhor.
Os sintomas iam embora.
Eu lembro que antes eu falava que eu não conseguia viver sem analgésicos. Porque eu tomava dois comprimidos para a dor de cabeça todo dia.
Então, eu queria muito conversar com esse cara.
E olha a coincidência. Ele era de Porto Alegre, da mesma cidade que eu.
Aí eu pensei, eu quero marcar uma consulta com esse cara.
Eu liguei para a clínica onde ele trabalhava e pedi para marcar uma consulta com ele.
Só que marcar uma consulta com ele era algo impossível.
Porque a agenda de um ano dele estava lotada e tinha uma fila de espera de dez páginas.
Aí eu perguntei se aceitava plano de saúde e piorou.
A pessoa falou que não.
E eu pensei como assim? Um ano de espera e o cara ainda não aceita plano de saúde.
Na época o preço era 350 reais e eu não tinha esse dinheiro para uma consulta.
Como existia uma fila de espera de dez páginas, eu pensei que não iam me chamar mesmo e coloquei o meu nome na lista.
Mas eu queria a consulta.
Paralelo a isso eu já estava fazendo faculdade de nutrição, porque o Gabriel tinha feito uma transformação em mim.
Eu estava transformada no sentido de achar nutrição uma parada massa.
Então, eu ainda fazia esse trabalho de publicidade que eu te falei e aí eu comecei a fazer um outro trabalho como chef funcional, durante a faculdade.
A gente fala que a nutrição funcional tem esse nome porque é a nutrição que funciona.
Com ela a gente enxerga o paciente como um todo.
Vamos ver os macronutrientes, micronutrientes, aspectos emocionais e até espirituais.
Para você ter uma ideia, uma consulta com um nutricionista funcional normalmente não leva menos que duas horas, é uma consulta bem complexa.
Então, eu ia para casa das pessoas e ensinava elas a preparar refeições tirando alimentos alergênicos como glúten, farinha refinada e leite.
Eu estava apaixonada por esse método e eu queria virar uma nutricionista funcional que nem o Gabriel de Carvalho era.
O Gabriel foi o primeiro cara que fez o curso de medicina funcional nos Estados Unidos e ele trouxe isso para o Brasil com o nome de nutrição funcional, porque ele é nutricionista.
Aí me chamaram para a consulta com o Gabriel, levou menos de um ano até isso acontecer.
A secretária dele me ligou era tipo umas 8 horas da noite falou assim:
“Olha, amanhã às 8 e meia da manhã tem um horário com o Gabriel. Tu topa vir?”
Eu larguei tudo e fui.
O dinheiro já não era mais empecilho porque eu queria muito a consulta com ele. Entende?
Naquela época 350 reais não estavam sobrando. Não era facinho, não. Era um sacrifício, mas eu tinha esse dinheiro.
Então eu fui, fiz a consulta com ele e me encantei com o Gabriel.
Me encantei com a didática dele, com a forma dele de me atender.
E o que eu achei mais louco na consulta foi que ele me olhou e estava interessado com o que eu tinha para dizer.
O que eu falava para ele era importante.
Os médicos tradicionais não costumam gostar muito quando a gente fala o que acha que tem.
Eles preferem dar a opinião deles, o veredito deles. O que não tem nada de errado. É a forma de ver deles.
Só que esse jeito do Gabriel de me perguntar, estar preocupado e interessado no que eu tinha para dizer… Aquilo me tocou, sabe?
Ele anotava tudo o que eu falava e eu achei aquilo incrível, ou seja, me senti muito bem recepcionada e amparada por um profissional de saúde.
Pergunta 3
Erico: Como você começou a trabalhar com ele?
Gisele: Eu lembro que ali, naquela consulta eu pensei: “eu queria trabalhar com esse cara”.
Como eu estava trabalhando como chef funcional eu levei uns brigadeiros para ele, para secretária, para todo mundo, de presente.
Eu acho que ele era feito de batata doce, mas fica muito gostoso.
Aí eu tive a segunda consulta com ele e nessa segunda consulta eu falei que queria trabalhar com ele.
Eu disse que tinha uma agência de publicidade e me ofereci para cuidar do blog e do site, porque estava horrível.
Mas ele me respondeu não dava porque já tinha uma empresa que cuidava disso.
Mas como ele sabia que eu estava estudando nutrição, ele me ofereceu um estágio não remunerado.
Eu fiquei feliz e triste ao mesmo tempo e aceitei o estágio, nessa época eu já tinha uns 30 anos.
Aí como estagiária eu podia participar das consultas com ele e ver o que ele falava com os pacientes. Nossa, foi uma escola extraordinária ali.
Ainda tinha o desafio da grana, claro, mas o Gabriel começou me indicar os pacientes dele para eu fazer esse trabalho como chef funcional.
Só que logo depois eu já comecei a cuidar da página dele.
Ele é um cara visionário, naquela época ele já tinha um site que vendia os cursos dele online. E eu comecei a controlar essa coisa dos cursos.
Passou um tempo que estava trabalhando nesse estágio não remunerado e um dia eu tive uma conversa com ele.
Eu lembro que falei assim:
“Gabriel, eu estou aqui como tua estagiária, mas eu estou fazendo o trabalho de uma profissional. Então, eu gostaria que tu me contratasse”.
Daí ele me perguntou quanto eu gostaria de ganhar.
O valor que eu achava justo pelo trabalho que eu estava fazendo era 4 mil reais.
E aí ele me olhou e disse assim:
“Bem capaz. Imagina, isso é muito dinheiro. Eu não tenho esse dinheiro, não dá. Nossa, tu é incrível. Gosto muito de ti, mas não tem a menor condição”.
Eu lembro que eu saí dali, peguei meu carro e fui dirigindo até o supermercado próximo da minha casa e lá no corredor do papel higiênico eu penso assim:
“Puxa vida! Olha o que ele me fala. Olha todo o trabalho que eu estou desempenhando para ele e ele me fala que é muito dinheiro”.
Aí eu comecei a achar aquilo injusto.
Então eu mandei um áudio para ele dizendo: “Tu tá achando caro porque tu não tá vendo o potencial. O trabalho que eu vou desempenhar para ti vai agregar muito valor no teu trabalho e é injusto tu achar que 4 mil reais é muito por esse tipo de trabalho que eu estou te oferecendo”.
Eu não lembro se foi exatamente isso, eu lembro que fui mais persuasiva.
E eu estava vermelha e roxa ao mesmo tempo, porque eu tava com raiva, mas ao mesmo tempo tava com medo do que ele ia dizer.
Aí ele retornou o áudio. Na verdade que foi uma ligação, mas enfim.
Mas ele disse assim: “Gi, tu é uma excelente vendedora, tu tá contratada”. Aí eu comecei a trabalhar com ele.
Pergunta 4
Erico: Você já me conhecia? Como o Erico entrou na parada?
Gisele: Eu já te conhecia porque a Isis Moreira comprou a Fórmula de Lançamento. Hoje ela é muito famosa, mas naquela época ela não era.
Eu lembro que ela me disse que estava fazendo um curso de marketing digital muito massa.
Aliás, ela me falou: “É a tua cara. Tu deveria fazer isso”. Mas quando ela me falou o valor eu pensei que não tinha aquele dinheiro, que não era para mim.
Devia ser por volta de 5 mil reais ou alguma coisa do tipo. E 5 mil reais para mim era muita grana.
Então a Isis me convidou para fazer um ebook. Para escrever o ebook que ela ia lançar.
E nós fizemos juntas o ebook “80 receitas leves e saudáveis”, tanto que lá tem o meu nome e o nome dela.
A gente lançou e funcionou. Deu uma graninha ali, por volta de 10 mil reais. E nós dividimos metade, metade.
Aí eu tive essa oportunidade de estar mais próximo do que era a Fórmula de Lançamento. Esse foi meu primeiro contato contigo.
Mas eu pensei: “Isso é massa mas não é para mim”.
Porque era muito caro e porque eu não gostava de marketing digital.
Eu achava que marketing digital era uma coisa de pessoas aventureiras.
Gente que vai lá e faz só para testar, sabe?
Mas por trás disso tinha a coisa de não ter grana. Talvez, naquela época se eu tivesse a grana eu teria comprado.
Aí eu continuei com as minhas coisas trabalhando com o Gabriel e fazendo outros trabalhos paralelos para levantar uma grana.
E teve um dia que eu estava num congresso de nutrição funcional, isso foi em setembro 2017.
Nós estávamos com um stand nosso lá, com os nossos cursos, porque naquela época a gente ainda tinha todos os cursos em DVD.
A gente vendia online, as pessoas compravam e a gente mandava o DVD. Era assim que funcionava.
Com os DVDs a gente faturava 3 mil, 5 mil, 7 mil, em meses bons, como quando a gente pegava stand, dava 10 mil.
E estava lá na frente do stand e de repente vem duas nutricionistas falar comigo, a Aline e a Jaque.
E as duas tinham feito o Fórmula.
Uma delas, inclusive já tinha me convidado para participar dos lançamentos dela. E eu perguntei assim:
“Gurias, vocês acham que vale a pena comprar o FL?”
A Aline disse: “nossa Gi, vale muito a pena”.
Então eu falei: “mas dá para usar isso para aumentar o número de clientes na clínica”?
Porque eu estava trabalhando com um médico nessa época, e uma das minhas questões era aumentar o número de clientes na clínica dele.
Elas responderam: “nossa, super. Porque eu uso isso para o meu negócio, para minha clínica e dá super certo”.
E a Jaque me falou: “Gi, no meu caso, eu tenho meu produto online que tem um faturamento superior ao que eu ganho na clínica. E para mim é uma renda extra”.
Então elas me falaram de novo, aquilo que a Isis já tinha me dito: “Gi, tem tudo a ver contigo”.
E eu pensei: “nossa por que as pessoas falam isso para mim?”
E aí eu fiquei com aquilo na minha mente, mas ainda era um desafio investir isso.
Só que logo depois, eu não tenho certeza se foi setembro ou outubro, eu recebi um email teu dizendo que as inscrições estavam abertas.
Meu Deus! As inscrições estavam abertas, mas eu não tinha esse dinheiro.
Aí eu lembro que um cliente meu, o médico que eu estava tentando aumentar o número de pacientes, me perguntou se eu tinha visto que as inscrições do Fórmula estavam abertas e se eu ia me inscrever.
Aí eu respondi que eu ia me inscrever, mas não ia ser daquela vez.
Ele perguntou o porquê e eu não queria dizer que eu não tinha a grana, eu tinha vergonha de não ter.
Então eu disse que não era o momento.
Mas eu acho que ele sacou que o negócio era grana. Daí ele me perguntou se ele me desse o curso, eu faria.
E eu respondi que sim.
E ele realmente comprou o curso e me deu de presente. Aliás, presente não porque depois eu paguei ele.
Pergunta 5
Erico: Como foi a sua trajetória para chegar ao 6 em 7?
Gisele: Cara, eu comecei a fazer o Fórmula, comecei a assistir as aulas super atenta e fazer anotações, aliás eu tenho esse caderno até hoje.
Eu estou sempre fazendo anotações ali.
E aí eu fui para o evento ao vivo da Fórmula de Lançamento, que aconteceu em dezembro de 2017, em São Paulo. Porque o médico também tinha comprado esses ingressos.
E lá eu entrei para o Insider, que é o teu programa de mentoria em grupo para os alunos da Fórmula que querem um acompanhamento mais de perto.
Eu paguei 60 mil reais por uma mentoria de um ano, porque tu falou que provavelmente ia ser a última vez que tu ia analisar pessoalmente os lançamentos.
E eu pensei: “nossa, ele é o cara. Eu quero que ele veja um lançamento meu”.
Eu nunca tinha lançado, olha que louco, mas eu sabia que eu ia fazer. E eu vi a oportunidade de ir para um outro nível.
E aí, eu sabia que era para mim, mas de novo eu estava esbarrada na grana.
Só que esse cliente meu que comprou meu ingresso e a Fórmula, ele também estava lá comigo.
E na metade da tua fala, ele falou:
“Gi, tu tá dentro. Eu não sei quanto que é, mas tu tá dentro”.
Porque tu não tinha falado o preço ainda e ele me emprestou essa grana.
E eu fui uma das primeiras, porque tu não tinha terminado direito de falar e a gente já estava lá para comprar.
Aí eu me inscrevi. E trocaram a minha credencial pela do Insider.
E quando eu vi aquela credencial nova era como se fosse, sei lá, uma posse de algo.
E eu realmente falei isso para mim:
“Cara, agora tu tá em outro tipo de jogo”.
E eu tinha esse empréstimo para pagar, eu tinha esse compromisso e eu botei minha vida toda ali.
Eu não tinha mais desculpa, mesmo.
Porque eu nunca comprei nada nesse valor. Era muito alto para mim. Eu nunca tive esse valor junto na minha conta.
Eu sabia que era para mim, mas poderia não dar certo.
Então, eu já pensava que eu podia pegar uma parte do meu faturamento e ir pagando mensalmente ou trabalhar pra ele até eu terminar de pagar.
Então eu entrei no Insider e aí o Hugo, para quem não sabe o Hugo é o irmão do Erico, lançou um desafio.
É o seguinte. Naquela época o Insider era dividido em 2 grupos, hoje eu sei que é diferente.
Mas era assim. Tinha o grupo básico com aquelas pessoas que ainda não fizeram 6 em 7, onde a missão era mentorar eles para chegar ao primeiro 6 em 7. Esse era o grupo faixa-azul.
E depois tinha o grupo avançado, que era das pessoas que já tinham feito 6 em 7, onde o programa ia mentorá-los para chegar na faixa-preta, isso quer dizer faturar pelo menos 2 milhões por ano com lançamentos. Esse era o grupo faixa-marrom.
Então, eu entrei no básico e tinha esse desafio. Quem lançasse até 31 de janeiro de 2018 e conseguisse fazer os 6 dígitos ia poder passar para o grupo avançado. Porque até então você tinha que esperar virar o ano para poder mudar de faixa.
Eu chamei o Gabriel para conversar e disse para ele que eu tinha comprado o Fórmula, porque ele já te conhecia, e pensei em fazer um lançamento com os cursos dele.
E ele falou: “nossa, que legal. Aí eu te pago uma comissão”.
E eu disse: “não, não vai ser assim. Tu vai ser meu sócio. Eu já comprei o Fórmula, fiz o investimento e vou fazer o trabalho. Eu lanço os cursos, mas a gente vai abrir uma empresa juntos e tu vai ser meu sócio, 50 – 50”.
E aí ele topou. Foi muito mais fácil isso do que na época que eu pedi para ele me contratar.
Eu abri mão do meu Natal e Ano Novo, porque eu queria estudar a Fórmula para lançar em janeiro e aí eu fiquei duas semanas em casa imersa.
Aliás eu abri mão do Natal, Ano Novo e do meu aniversário, porque meu aniversário é 24 de dezembro. Naquele momento aquilo era mais importante, porque eu literalmente botei a minha vida ali.
Então nós fizemos o primeiro lançamento, a gente não tinha aberto a empresa juntos ainda.
A gente fez o primeiro lançamento como teste, em janeiro de 2018 e a gente não investiu nada.
Primeiro porque o Gabriel não ia querer investir nada, ele queria ver primeiro. E eu porque não tinha grana mesmo, para investir.
A gente não tinha nem lista de emails para você ter uma ideia.
O Gabriel tinha uma página de Facebook, mas não tinha essa coisa de engajamento, essa coisa de conteúdo.
E no Instagram também não tinha nada disso.
Ele tinha uns seguidores, mas dentro da área da nutrição funcional o Gabriel era conhecido, era uma autoridade.
Então, a gente começou a chamar esse público. A gente chamou para uma live e o Gabriel deu uma aula só para gente testar se ia ter gente online.
Aí a gente fez um lançamento clássico semente depois disso. O curso custava 2,5 mil reais e se chamava Fundamentos de Nutrição Funcional.
E em 5 dias nós faturamos 372 mil reais.
Eu lembro que a gente começou a vender e o Gabriel me disse assim:
“Gi, tu imaginou que a gente fosse vender tudo isso? Porque eu não imaginei”.
E eu falei: “eu também não”.
Nós ficamos muito surpresos, tanto eu quanto ele, porque a ideia era vender um produto e vendemos muito mais do que um.
Pergunta 6
Erico: Então você já tinha feito 372 mil reais. Como foi o seu próximo lançamento?
Gisele: No próximo lançamento a gente colocou um pouquinho de grana. Acho que foram uns 17 mil reais e voltou 500 mil reais.
E aí a coisa começou a ficar mais séria no sentido de estruturar a empresa. Porque no segundo lançamento ainda éramos só nós dois.
A gente fez esse lançamento de 500 mil reais e depois fez outro lançamento, também de 500 mil reais.
E no terceiro lançamento já era um outro produto, nós fizemos um semente sobre exames laboratoriais e investimos 20 mil reais. O que é um investimento baixo, muito atípico.
Eu acho que o resultado foi melhor porque exames laboratoriais é mais mensurável do que fundamentos da nutrição funcional.
Depois a gente fez outro curso que hoje está no perpétuo, ou seja fica a venda o ano todo.
Esse curso é mais barato e a gente diz que é o primeiro passo para entrar conosco, ele é sobre a programação da gestação que também deu uma base de 300 mil reais.
Isso foi tudo no primeiro semestre de 2018.
A gente repetiu o lançamento de fundamentos da nutrição e ficou na base de 500 mil reais também.
Todos os lançamentos de 2018 ficaram na base dos 500 mil reais. Um pouco mais, um pouco menos, ficou nisso aí.
Eu sei que no total, em 2018 a gente faturou 2 milhões e 400 mil reais.
Aí tu analisou a minha copy*. Eu tive a sorte de ter dois lançamentos meus vistos por ti.
*No marketing digital, copy é uma técnica de redação que aplica gatilhos mentais para persuadir o potencial consumidor a tomar uma ação.
Na primeira vez tu analisou o curso de fundamentos da nutrição, que deu 500 mil reais.
E aí tu olhou a minha copy e a primeira pergunta que tu fez foi:
“Gi, por que tem essa bicicleta ali atrás? Tem uma coisa chamada ângulo”.
Cara, o Gabriel tem essa bicicleta na casa dele e a gente botou a bicicleta ali, de propósito.
A gente queria que as pessoas vissem que ele era um cara que anda de bicicleta, enfim.
Como era eu e ele, a gente não tinha nem teleprompter. A gente fazia tudo com o meu celular.
A gente colocava o celular no tripezinho e fazia do jeito que dava. Feito é melhor que perfeito.
Depois, a gente já tinha teleprompter, só que ele tinha um defeito ou a gente não sabia usar direito.
Então tipo assim, o Gabriel não podia errar.
Se ele errasse tinha que começar tudo de novo, demorava, travava tudo, sabe?
Então, ele gravava os CPLs, conteúdos de pré-lançamento, sem parar.
A gente também não tinha editor de vídeo, era a gente mesmo. Então, a gente só começava e terminava o vídeo, não tinha edição nenhuma.
Não tinha nada.
E aí quando tu olhou, além desse detalhes de roupagem, que foi muito engraçado. Tu falou que a gente repetia muito a promessa.
E tu me deu a direção. E o engraçado é que eu achava que a copy tava boa. Mas quando tu falou eu consegui enxergar.
Porque como eu estava fazendo 100% do lançamento, tudo, tudo, eu não tinha sacado isso.
Eu me concentrei tanto em contar a história do Gabriel, em fazer a história de verdade como ela é, com 100% de integridade, que o resto é como se eu tivesse deixado meio de lado.
Mas eu sou uma boa mentorada. Eu sou muito obediente, muito atenta. Tudo que tu fala eu vou e aplico e eu acredito nas coisas que tu fala.
Eu lembro quando eu fiz meu primeiro meio milhão, tu me falou uma frase, que eu incorporei como verdade para mim. Tu me falou assim: “Gi, é só o começo”.
Porque eu lembro que eu pensei: “cara, será que dá para fazer mais que isso?”
E quando tu me falou essa frase, eu disse: “se o Erico está falando é porque dá”.
Então foi uma frase super importante para mim nessa minha jornada.
Pergunta 7
Erico: Você se considera uma pessoa mais esforçada ou mais inteligente?
Gisele: Tem um estudo que eu vi recentemente, eu vou resumir ele basicamente assim.
Eles reuniram um grupo de crianças de ensino fundamental e eles deram uma tarefa bem desafiadora para essas crianças fazerem.
E aí no final dessa tarefa, a equipe de pesquisadores chamou a metade do grupo e falou para as crianças que elas eram inteligentes.
E falaram para a outra metade das crianças que elas eram esforçadas.
Depois essas mesmas crianças foram chamadas e podiam escolher as atividade que elas queriam fazer.
Daí tinha uma atividade que era mais fácil e tinha uma atividade que era mais difícil.
A maioria das crianças que escutou a frase como tu é inteligente, optou por fazer a mais fácil.
Aí eles fizeram um novo estudo. Pegaram essas mesmas crianças e colocaram uma atividade bem desafiadora para ser feita, acima do nível delas.
Ou seja, elas não iriam conseguir concluir a tarefa.
As crianças que ouviram a frase como tu é esforçado, ficaram mais tempo tentando realizar a tarefa do que as crianças que ouviram como tu é inteligente.
As crianças que ouviram como tu é inteligente reclamaram e ficaram bravas com aquela tarefa.
Já algumas crianças que escutaram a frase, como tu trabalha duro, até chegaram a falar que aprenderam algo com a tarefa.
Então, eu não tenho dúvida alguma que eu escutei a frase: “como tu é esforçada” na minha infância.
Eu não considero que eu tenho um cérebro privilegiado. Eu não me considero alguém com alto QI, não.
Eu acho que eu sou esforçada, eu sou do grupo das esforçadas.
Para fazer todos os lançamentos de 2018 eu entrei numa imersão.
Eu comunicava para as pessoas da minha vida que eu ia lançar e então eu ficava imersa.
Porque quando eu lanço, eu vou e olho o Fórmula todo de novo para poder escrever as copys. Eu tenho essa crença.
Então, eu ficava sozinha em casa imersa e focada. Eu acho que para mim isso fez muita diferença.
Tanto que algumas pessoas perguntam: “qual é teu segredo?”
O principal é que eu sigo o passo a passo da Fórmula 100%. Eu não invento nada.
Eu sou 100% tradicional, porque é o que está funcionando, é o que está me dando resultado.
Olho o passo a passo e eu fico imersa.
Essa imersão, para mim, faz diferença porque eu fico 100% naquilo. Eu acordo e durmo só pensando naquilo.
Pergunta 8
Erico: E quando você fez o seu primeiro 7 em 7, isto é, o seu primeiro milhão?
Gisele: Depois que tu analisou o meu lançamento, eu apliquei as coisas que tu disse e fiz uma copy diferente.
Aí nós fizemos um novo lançamento, que foi bem melhor. Depois, eu refinei esse lançamento e quando eu refino esse lançamento, aí eu faço os primeiros 7 dígitos.
Em janeiro de 2019, eu faturei 1 milhão e 50 mil reais em 7 dias.
E nesse lançamento, quando eu vi a copy acertada, eu te juro que eu pensei: “que incrível, que bonito, que bom que é assistir isso aqui”.
Porque antes de eu começar a lançar, eu tinha algumas crenças relacionadas a lançamento.
Eu olhava alguns vídeos e eu achava chato. Eu não achava bom. Então eu pensava que lançamento era chato.
E os meus primeiros vídeos também estavam nessa perspectiva. Estavam chatos mas eu achava que era assim mesmo.
Só que na verdade não era. Eu descobri que era uma copy mal feita.
E quando eu aprendi isso, a gente foi para outro nível de lançamento.
Pergunta 9
Erico: O que é óbvio para você hoje, mas você acha que não é óbvio para um típico faixa-azul?
Gisele: Eu vou falar o que eu respondia lá no primeiro ano do Insider, quando me perguntavam qual era o segredo ou me pediam conselho.
Para mim, uma das coisas, além de fazer a imersão e seguir a Fórmula… É se divertir.
Pelo que eu saco das pessoas, elas vêem o lançamento como algo sofrido.
Tem que trabalhar muito e realmente não é fácil. Não é: “lancei e em 5 dias estou com múltiplo 6 dígitos no bolso”. Isso é o resultado.
Existe um trabalho antes, grande, e tu realmente precisa se dedicar a ele.
Só que as pessoas param de se divertir. Elas levam o lançamento como um peso.
Tipo: “Eu preciso lançar, eu tenho que fazer dar resultado, eu tenho que…”.
E ninguém tem que nada.
É evidente que, se tu quer lançar, tu vai ter que passar por um lançamento.
Mas essa preocupação com o resultado, com o resultado ser um fracasso é o que paralisa as pessoas.
O medo do fracasso.
E qual é a minha visão em relação ao fracasso?
Eu passei a minha vida toda fracassando.
Vamos dizer assim, fracassando até certo ponto, de uma maneira financeira.
Então para mim o fracasso é um resultado.
Eu lembro que quando eu comecei a lançar eu tava devendo. Meu nome estava no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).
Então, a primeira coisa que eu fiz quando eu ganhei dinheiro foi pagar minhas contas
Hoje eu tenho equipe, então eu tenho essas conversas com as pessoas da minha equipe.
Quando a gente vai abrir carrinho eu pergunto: “a gente fez tudo que a gente podia fazer?”
Eles respondem: “sim, a gente fez”.
Eu pergunto: “tem certeza? Faltou algo?”
Eles: “não, não faltou”.
Aí eu digo: “beleza, então agora vamos nos divertir”.
Porque se o resultado não vier, e ele pode não vir, a gente vai fazer de novo.
Cada lançamento é um risco.
Então, talvez a questão de muitas pessoas é que elas não aguentam esse risco.
Elas se apegam à possibilidade de perda.
Só que quando tu muda a tua lente, a tua visão e tu saca que tu tá o tempo inteiro nesse jogo de ganha e perde aí tu muda tua perspectiva.
O que eu quero dizer com isso?
Cada decisão que a gente faz, ou a gente perde ou a gente ganha algo.
Eu tenho um copo com água. Se eu tomar essa água eu vou ter menos água no meu copo, mas o meu corpo vai ficar hidratado.
Então, qual é a escolha, eu prefiro ficar com mais água no meu copo ou eu prefiro me hidratar?
Em qualquer uma das minhas escolhas eu vou estar perdendo algo e vou estar ganhando algo.
Qual o meu risco com o lançamento?
Eu posso não vender. Esse é meu risco.
Mas o que que tem por trás de um lançamento? Qual é a minha visão hoje?
Um lançamento hoje, para mim, é um desenvolvimento pessoal.
Mesmo porque em cada lançamento eu dou um passinho a mais, eu me conheço mais e conheço mais o meu negócio.
E o que está por trás de um lançamento é tu conectar mais pessoas ao teu produto, que gera uma transformação para aquele ser humano.
Então quando tu tem essa visão de transformar o ser humano, tu fica tão preocupado com o resultado que as outras pessoas vão ter, que tu se desapega do teu próprio resultado.
Hoje eu consigo pensar dessa forma. Claro que no começo eu não pensava assim.
No começo eu pensava: “uau vamos ver o que vai acontecer aqui”.
Mas de qualquer forma, mesmo assim, eu me divertia. Eu e o Gabriel, a gente se divertia mesmo, a gente ria e a gente achava o máximo.
Tipo, os 372 mil foram completamente inesperados. A nossa meta de verdade era vender um curso.
Pergunta 10
Erico: Eu vou te fazer quase a mesma pergunta. O que é óbvio para você, como faixa-preta, que talvez não seja óbvio para um clássico faixa-marrom?
Gisele: Eu acho que o que impede um faixa-marrom de ir para a faixa-preta são esses medos que a gente falou.
Porque para dar um próximo passo, que é chegar à faixa-preta, é como se a tua energia mudasse.
E aí são mais pessoas envolvidas, são mais coisas envolvidas. Então tem suporte, tem pessoas e tudo mais.
E os problemas são maiores também.
Então para ti estar preparado para isso, é como se a tua mentalidade tivesse que acompanhar.
E não é uma mentalidade melhor nem pior, não. É só uma mentalidade pronta para isso.
Porque quando tu fatura 100 mil reais, tu tem problemas que quando tu fatura 1 milhão de reais tu não tem.
Os problemas de 100 mil reais são diferentes dos problemas de 1 milhão reais. Eu vi isso na prática.
Não quer dizer que seja ruim nem bom. Não é isso.
Só que é uma energia diferente.
Eu vejo o dinheiro como energia e nosso produto como uma energia.
Então os passos que se dão nessa jornada é como se tu fosse aumentando a tua energia.
Não que seja boa nem ruim, entendeu?
E eu acho que a ação principal é abrir mão do julgamento.
Um exemplo bem básico.
Tu fala para fazer 2 raízes e 7 nutellas. Por que que eu não vou fazer 2 raízes e 7 nutellas?
Eu posso dizer: “bah, não dá Erico, porque eu estou com espinha hoje”.
“Ah é que meu cabelo tá ruim”, “eu não tô bem maquiada” ou “essa roupa não tá legal”.
É como se tu tivesse desculpinha.
Ontem eu ouvi de uma mentorada que ela não tinha o microfone apropriado.
Então, tu vai ter algo que vai te parar.
E aí, o que tem por trás dessas desculpas que te param é o medo mesmo. O medo do julgamento e o medo do crescimento.
Eu acho que cada ser humano, todos nós somos seres extraordinários. E a gente pode ter a característica, a qualidade que a gente quiser.
A gente pode se apossar de que característica a gente quiser e inconscientemente, eu acho que todo mundo sabe disso.
Inconscientemente as pessoas têm medo disso.
Medo do poder. Medo de ser quem elas são de verdade.
E aí quando tu consegue abrir mão disso, aí tu dá espaço para ser quem tu é, e tu começa a crescer a tua vida e o teu negócio.
Porque o teu negócio é quem tu é. Faz parte de ti.
E tu vai evoluindo e crescendo. Com isso cresce também o faturamento, que tem a ver com essa energia toda.
Pergunta 11
Uma pergunta pessoal. Como é que o seu filho vai desenvolver essas características que talvez te transformaram em quem você é hoje, sem enfrentar as mesmas dificuldades que você?
Gisele: Boa pergunta, excelente pergunta, aliás. Eu não sei se eu tenho uma resposta para isso.
Bom, eu faço perguntas para ele. Eu tento fazer ele mesmo se olhar.
Um tempo atrás eu xingava muito meu filho, chamava ele de preguiçoso. Eu achava que eu ao falar isso eu ia estimular ele a não ser preguiçoso.
Só que era o contrário, parecia que ele ficava cada vez mais preguiçoso.
Aí eu me dei conta que eu estava provocando aquilo e eu parei de fazer.
E quando parei de chamar ele de preguiçoso, foi quando, alguns meses depois, ele me falou que queria fazer um intercâmbio nos Estados Unidos e ele realmente foi.
Ele volta semana que vem, mas eu fiquei um ano sem ver ele.
Só que um preguiçoso não ia querer fazer intercâmbio nos Estados Unidos, ele tinha 16 anos naquela época.
E aí ele teve experiências lá que na minha casa ele não teria.
Por exemplo, ele mora num condomínio gigante e os vizinhos se ajudam muito lá, isso é comum nos Estados Unidos.
Eles mesmos pintam a casa, eles mesmos fazem as coisas.
E aí, um dia o meu filho me mandou uma foto e perguntou: “mãe, está vendo esse piso aqui no chão?”
E eu disse: “estou”.
Ele: “mãe, fui eu que coloquei”.
E aí eu perguntei: “filho, tu fazendo isso, como que tu se sentiu?”
A resposta dele foi: ‘eu senti que se eu posso colocar um piso, eu posso fazer qualquer coisa”.
E quando ele falou isso, ele ficou presente para o que ele estava falando. Ele não tinha se dado conta disso ainda.
Então, o tipo de mãe que eu venho sendo é uma mãe que faz perguntas, sabe? Para deixar ele presente para as coisas que ele está fazendo.
Eu acho que a partir disso ele vai ter a evolução. Porque ele é uma pessoa diferente de mim.
E as crenças dele são totalmente diferentes, ele tem crenças que eu não tenho.
Que eu não tive. Justamente pelo histórico ser diferente.
Pergunta 12
Erico: Para encerrar. Tem mais alguma coisa que você gostaria de contar?
Gisele: A gente lida com várias coisas ao mesmo tempo, agora eu estava lembrando da descoberta que eu fiz poucas semanas atrás.
Eu descobri que eu tenho uma doença super grave, a mesma doença que levou o meu pai à morte.
Que é uma insuficiência renal crônica.
No primeiro momento, quando eu descobri essa doença eu comecei a observar a minha mente.
E a minha mente me falava assim: “ah, por que comigo?”, “ah, que droga”, “eu estou trabalhando justamente para levar saúde para o país”, “por que que isso acontece comigo?”
E eu comecei a entrar nessa, de achar que é injusto.
Mas quando eu comecei a olhar bem para essa doença, e sim, é uma doença grave e limitante em termos nutricionais.
Eu preciso cuidar do que eu vou comer. Por exemplo, proteína eu não vou poder comer e era algo que eu comia bastante.
Então, eu comecei a olhar para essa doença e comecei a sacar que ela é um presente.
Por quê?
Porque quando eu descobri, eu comecei a compartilhar isso nas minhas redes sociais.
E as pessoas começaram a me agradecer por eu estar compartilhando. Porque também tem outras pessoas lidando com isso.
Então, essa coisa do compartilhar… compartilhar um faturamento, compartilhar algo de sucesso ou mesmo os desafios que causa uma doença, eu vejo como um presente.
Então a gente tem que ser quem a gente é mesmo, sem usar máscaras, e se compartilhar.
Conclusão
A história da Gisele me lembrou de uma conversa que eu tive com um faixa-preta sobre divulgar ou não divulgar os valores que a gente ganha.
E ele me disse: “Erico, não abre isso não. Se você fizer isso pode criar a possibilidade de mexer no vespeiro”.
Eu não sei se era o caso dele, mas às vezes a gente não quer aparecer lá no topo, porque quando você se levanta você é um alvo fácil.
Então, você não falar o seu faturamento vai te fazer voar abaixo do radar e vai te tornar menos um alvo porque você não vai parecer tão grande.
Por outro lado, dificilmente você vai ser visto como o número 1, como uma referência.
Só que na minha opinião técnica, você não precisa ter medo de falar.
Sabe por quê?
Eu acho que a gente não tem que falar mais do que a gente é. A gente tem que falar a verdade.
Porque a gente vai acabar inspirando uma ou duas, quiçá mais pessoas, a acreditar que é possível ter o mesmo resultado, ou um resultado parecido.
E é por isso que é tão importante a Gisele ter dividido de peito aberto quanto ela faturou, quanto dinheiro ela fez.
Eu tenho certeza que a história da Gisele Hedler vai inspirar muitas pessoas, muitas mulheres e muitas nutricionistas.
Porque em 365 dias, a Gisele trocou as dívidas por lançamentos milionários.
Nesse bate-papo você descobriu como ela superou obstáculos como uma origem humilde, falta de dinheiro, receio de trabalhar com marketing digital e nenhuma ideia de produto para lançar.
Você também conferiu como ela conseguiu faturar 372 mil reais de cara, no primeiro lançamento.
E a trajetória ascendente que ela percorreu para fazer 2 milhões e 400 mil reais em apenas um ano.
Além dos bastidores do lançamento em que ela fez o primeiro 7 em 7, isto é 1 milhão e 50 mil reais em 7 dias consecutivos.
Você ainda conferiu os segredos da Gisele para alcançar esse tipo de resultado, como seguir 100% o passo a passo da Fórmula de Lançamento.
Para completar, eu vou te dar uma dica final.
Se você quiser se aprofundar ainda mais nos assuntos relacionados ao mundo dos lançamentos e receber conteúdos exclusivos meus, eu te convido a participar do meu canal do Telegram chamado Galera Raiz.
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Ah. Me conta o que você achou do meu bate-papo com a Gisele aqui embaixo nos comentários.